As Castas

As condições edafo-climáticas especiais, permitem produzir vinhos de excelências, aliado ao uso de técnicas e sabedoria vitivinícola da região, as suas castas contribuem para a sua perfeição.

As castas utilizadas nos nossos vinhos vão ao encontro das exigidas para a produção dos vinhos DOC Dão, que são as seguintes:

Tinto | Touriga Nacional

A fama dos vinhos do Dão é devida, em boa parte, a esta casta, que, no passado, antes da crise filoxérica, era dominante nos vinhedos da região. Constitui, assim, a casta mais nobre entre as tintas. Com um cacho pequeno e alongado, ostenta bagos diminutos, arredondados e não uniformes, e uma epiderme negra-azul revestida de forte pruína. A sua polpa é rija, não corada, suculenta e de sabor peculiar.

Trata-se de uma casta de maturação média e de produção médio a elevado, quando se utilizam materiais selecionados e condições adequadas, caso contrário ela é baixa.

Dá vinhos de cor retinta intensa, com tonalidades violáceas, quando novos. Os aromas são intensos, de elevada complexidade, a frutos pretos muito maduros, com algo de selvagem, silvestres (amoras, rosmaninho, alfazema, caruma, esteva).

Na boca apresenta-se cheio, encorpado, persistente, robusto, taninoso, muito frutado, quando jovem. Possui elevado potencial para envelhecimento prolongado adquirindo nessa altura, uma elegância, um aroma e sabor aveludados inconfundíveis.
Fonte: http://www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8



Alfrocheiro

Cultivada quase exclusivamente no Dão, trata-se de uma casta misteriosa, pois só é referenciada após a crise da filoxera (finais do séc. XIX). Não se conhece com exatidão, a sua origem, ainda que se especule que possa ser estrangeira.

Caracteriza-se por um cacho reduzido, por vezes compacto, que possui bagos pequenos e uniformes e uma epiderme de cor heterogénea, predominantemente de tom negro-azul.

A polpa, não corada, é mole e suculenta, com um gosto característico. Esta casta apresenta uma produção regular e maturação média, contribuindo para o excelente equilíbrio entre ácidos, açúcar e taninos e boa cor dos vinhos, ao mesmo tempo que lhes confere aromas frutados e finos, que lembram morangos bem maduros, que ganham complexidade com o passar dos anos.
Fonte: http//www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8



Jaen

Na região do Dão o Jaen é cultivado, pelo menos desde os meados do século passado, sendo citado, nos inquéritos vitícolas de 1865, como das castas dominantes no concelho de Mangualde.

É lícito pensar que tenha sido trazida por peregrinos regressados à pátria através dos caminhos de Santiago. Depois da praga da filoxera difundiu-se por toda a região do Dão, graças à sua boa produtividade e prematuridade, que permitiam a produção de vinhos de boa graduação, e boa cor.

O cacho nesta casta é de tamanho grande e compacto, com bagos médios, uniformes e arredondados, com epiderme pouco espessa negra-azul e com média pruína. A polpa é mole e suculenta, não sendo corada.

Os vinhos a que dá origem são elegantes, com teor alcoólico regular, intensos de cor e muito macios, dada a sua fraca acidez. Mas é o seu perfume intenso e delicado, lembrando um pouco a framboesa, que torna esta casta preciosa.
Fonte: http//www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8



Aragonez (tinta Roriz)

Casta bastante produtiva e com maturação média. O seu cacho é grande e aberto e contém bagos de tamanho heterogéneo, com forma ligeiramente achatada e epiderme medianamente grossa, de cor negro-azul com forte pruína.

Por sua vez, a polpa, não corada, é suculenta, mole e de sabor muito próprio. Nos vinhos em que exista em boa percentagem, intensifica os aromas de fruta madura, dá muita cor e boas graduações alcoólicas. É notório o excelente equilíbrio marcado pela qualidade dos seus taninos, assim como o equilíbrio de corpo e acidez, daí resultando vinhos harmoniosos e muito elegantes, com elevado potencial de envelhecimento.
Fonte: http//www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8



Branco | Encruzado

Até ao momento esta casta só é cultivada, praticamente, na região do Dão, onde tem a primazia entre as castas brancas. O seu cacho é pequeno e medianamente compacto, os bagos são médios, heterogéneos e ligeiramente achatados e a sua epiderme é verde amarelada, com média pruína.

A polpa, por seu turno, detém um sabor muito próprio, é mole e suculenta. Esta casta exibe uma maturação média e a sua produção é regular. Os vinhos são de cor citrina, com bom teor alcoólico e com uma grande delicadeza, elegância e complexidade aromática, com notas vegetais, florais e minerais.

São finos e elegantes no sabor, denotando um notável equilíbrio álcool/ácidos. Possui elevado potencial para o envelhecimento surpreendendo pela sua frescura e persistência na boca, donde sobressaem aromas e sabores de avelã, pinhão e resina de pinheiro. É a casta mais equilibrada no Dão
Fonte: http//www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8



Malvasia Fina

É uma casta muito cosmopolita, difundida por quase todas as regiões vitícolas de Portugal. Encontra no Dão condições edafo-climáticas que lhe permitem expressar todas as suas potencialidades, sendo por isso a mais cultivada na região.

O seu cacho é médio e frouxo e os bagos são pequenos, heterogéneos e com epiderme verde amarelada com média pruína. A maturação é precoce.

Possibilita a obtenção de vinhos de cor citrina, com aromas intensos, apesar de simples, dominados pelas tonalidades florais, com acidez equilibrada e um final elegante, ainda que de média persistência. Possui um bom potencial para envelhecimento, com os seus vinhos a apresentar um “bouquet” extraordinário, passando a sua cor a amarelo palha, sendo de realçar a complexidade dos seus aromas associados a uma finura, equilíbrio e elegância.

Misturado com outras castas do Dão imprime-lhe a “tipicidade” e a personalidade própria dos vinhos brancos da região.
Fonte: http//www.cvrdao.pt/ver_castas.asp?idcasta=8